segunda-feira, 25 de abril de 2016

Como o "bichinho" entrou...e ficou para sempre

Não é segredo para ninguém, sobretudo para quem me conhece pessoalmente, que gosto muito de fazer crochet e tricô.
Ainda não teria meia dúzia de anos, já mexia em agulhas e linhas.
O bichinho entrou muito cedo na minha vida, mas o mais curioso é que não foi através da família.
Tinha então uma vizinha que, como tinha filhos pequenos, andava sempre a fazer roupa para eles. Para os mais velhos fazia calças e saias, com uma máquina de costura, mas para os mais novos, ela fazia casaquinhos, botinhas, macacões, todos tricotados à mão.
Eu ficava fascinada a olhar para ela e, um dia, ela ensinou-me.
Primeiro só com uma agulha. Passava os serões a fazer cordão. Mais tarde, fazia abertos e fechados, até que comecei a fazer verdadeiras "obras de arte". 
As modelos eram as minhas bonecas, a quem despia as suas roupas, para lhe vestir as "saias" e "camisolas" feitas por mim. E assim, brincava...e adorava!
Mais tarde, essa mesma vizinha, ensinou-me a trabalhar com duas agulhas. E foi o fascínio total. O bichinho entrou e ficou para o resto da vida.
Fazendo, desmanchando, assim fui aprendendo e aperfeiçoando cada vez mais.
Quando fiquei grávida, não hesitei. As minhas filhas tinham de ter muita roupa feita por mim (como as da minha vizinha, noutro tempo).E tiveram, felizmente!
Elas cresceram, e fui fazendo alguns trabalhos para elas e para mim, mas o tempo disponível foi sendo cada vez mais escasso. Não parei, mas quase.
Recentemente, um motivo muito forte fez despertar em mim esse bichinho meio adormecido. Bebé a caminho!
Bem, tudo mudou. A prioridade agora é o "meu" bebé. Todas as horas livres são passadas a tricotar. Mantas, botinhas, casaquinhos... tudo está ser feito com muito amor.
É como voltar atrás no tempo e viver tudo de novo, mas desta vez com maior experiência e entusiasmo. 
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